Durante a apresentação de um estudo sobre hipertensão em Portugal, o presidente da APMGF considerou que há que resolver o problema do acesso dos doentes ao médico de família, havendo desigualdades regionais significativas.

Por exemplo, no Norte são 94% os utentes com médico de família, enquanto no Algarve não chegam aos 70%.

“O acesso é assimétrico. Seria razoável dar prioridade aos doentes hipertensos e diabéticos no acesso ao médico de família”, defendeu Rui Nogueira, admitindo que o mesmo poderia fazer-se para as crianças.

O médico lembrou que os doentes hipertensos, além do problema da tensão arterial, têm geralmente de controlar outros fatores de risco, havendo necessidade de uma abordagem mais abrangente.

Aliás, no estudo hoje divulgado mostrou-se que metade dos doentes com hipertensão tem também colesterol elevado.

O estudo aponta ainda para um mau controlo da hipertensão, sobretudo na população idosa, a mais afetada pelo problema.

Para o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, é necessário prestar mais atenção aos doentes hipertensos, havendo ainda “um longo caminho a percorrer” no controlo e prevenção do problema.