17 de junho de 2014 - 11h22
A associação Projeto J – Viver, Educar Mudar! alertou hoje para o "depósito ilegal" em S. Pedro da Cova, Gondomar, de materiais com amianto, vincando que a situação se repete "há anos".
Em declarações à agência Lusa, um dos responsáveis por esta associação, Nelson Vidal, garantiu que têm sido detetadas placas de amianto, algumas partidas e “em grave estado de degradação", em vários locais da localidade, nomeadamente "junto a zonas habitacionais".
"Infelizmente, em S. Pedro da Cova, há de tudo: placas em zonas menos utilizadas, onde só passam pessoas ao fim de semana para fazer caminhadas, mas também em áreas habitacionais, como é o caso da zona do Passal. (…) Esta situação repete-se há anos", disse Nelson Vidal.
A associação Projeto J, que tem sede na União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, decidiu denunciar esta situação agora por estar "preocupada" com as placas de amianto "devido à sua conhecida perigosidade para a população que mantenha um contacto direto com este tipo de material", conforme se lê num comunicado.
"Por esta altura, é efetivamente do conhecimento geral que as estruturas contendo amianto são realmente perigosas devido á possibilidade de inalação das suas fibras, que podem alojar-se nos pulmões e lá permanecerem durante anos", continua o documento.
Nelson Vidal explicou, à Lusa, que esta tomada de posição pública, tem como objetivo "alertar as autoridades locais e nacionais, nomeadamente a câmara de Gondomar e a Agência Portuguesa do Ambiente, bem como informar a população".
O comunicado da associação Projeto alude à portaria n.º 40/2014, de 17 de fevereiro, que estabelece as normas para a correta remoção dos materiais contendo amianto, assim como para o acondicionamento, transporte e gestão dos respetivos resíduos.
Acrescenta que no distrito do Porto, existem operadores vocacionados a receber este tipo de resíduos nos concelhos da Trofa, Gaia e Póvoa de Varzim. 
O amianto é uma substância cancerígena utilizada durante décadas em materiais de construção civil, sobretudo como isolante térmico e acústico e todas as formas de amianto estão proibidas na União Europeia desde 2005.
Por Lusa