Esta ação de defesa da saúde pública foi desenvolvida pela Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional de Mirandela, tratando-se do culminar de investigações que decorriam há cerca de seis meses. A operação contou com a colaboração dos serviços regionais da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Durante a intervenção na exploração pecuária, foi constatado que ali se procedia ao abate massivo de pequenos ruminantes (ovinos e caprinos), em local não licenciado para o efeito e sem condições de higiene adequadas, não sendo os animais sujeitos à inspeção sanitária oficial obrigatória antes e após o abate, para despiste de doenças.

"Como resultado da ação foram apreendidas 328 carcaças de ovinos e caprinos, respetivas peles, cerca de 200 kg de vísceras e diversos instrumentos usados no abate", indica a ASAE em comunicado.

Foram ainda apreendidos 160 animais vivos, por não se encontrarem identificados com as marcas auriculares e se suspeitar serem destinados, também, a abate clandestino.

"Foi instaurado o respetivo processo-crime por abate clandestino sendo os arguidos ainda suspeitos da contrafação das marcas oficiais, usadas pela inspeção sanitária da DGAV. O valor total da apreensão ascende a cerca de 33.200 euros", adianta a mesma autoridade.

De acordo com o comunicado, a ASAE manterá particular atenção ao fenómeno, face ao acréscimo de procura das carnes de caprino e ovino que se verifica no período pascal que atravessamos, procurando reprimir práticas suscetíveis de colocar em risco a saúde dos consumidores.