"Estes biossensores não vão levar os laboratórios de análises à falência mas creio que podemos fazer muitos diagnósticos com informação que pode ser extraída das lágrimas", afirmou um dos investigadores, Gregory S. Herman.

O trabalho vai ser hoje apresentado na reunião da Sociedade de Química Americana, a maior sociedade científica do mundo.

O controlo permanente dos níveis de glucose no sangue, em vez das picadas para extrair uma gota de sangue a que os diabéticos estão habituados, ajuda a reduzir os problemas provocados por aquela doença.

A maior parte dos dispositivos usados atualmente para isso depende da colocação de elétrodos em vários locais do corpo debaixo da pele, o que pode ser doloroso e provoca irritações cutâneas ou infeções. Herman indicou que o sistema de biossensores nas lentes de contacto pode eliminar muitos destes problemas, para além de ser invisível.

Em teoria, mais de 2.500 sensores, cada um dedicado a uma função diferente, podem ser embutidos num milímetro quadrado de uma lente de contacto. Quando o sistema estiver afinado, poderão transmitir leituras para telemóveis ou outros dispositivos que usam tecnologia sem fios.

Gregory Herman indicou que os sensores já foram usados em cateteres para medir os níveis de ácido úrico e que poderá demorar mais de um ano para completar um protótipo que possa ser testado em animais.

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