5 de junho de 2014 - 15h44
A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo está a preparar uma nova lista de utentes “não-frequentadores” dos centros de saúde para colmatar a falta de médicos de família.
O presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, disse à Lusa que cerca de 63 mil utentes nesta região ficaram sem médico desde janeiro, devido à aposentação de 42 clínicos.
Luís Cunha Ribeiro disse que atualmente existem 649 mil utentes sem médico de família e um “grande problema”, já que mais 162 médicos aguardam a reforma, o que poderá acontecer ainda este ano.
É perante estes números que a ARS de Lisboa e Vale do Tejo retomou a iniciativa desenvolvida em 2012, enviando desta vez cartas a 170 mil utentes, a questionar-lhes se querem ficar com o médico de saúde, apesar de não terem tido nenhum contacto com o seu centro.
Estes utentes “não frequentadores” são os que, nos últimos três anos, não recorreram a qualquer serviço do seu centro de saúde, como consultas, vacinas ou enfermagem.
Com a saída destes utentes das listas dos médicos de família, a ARS conta proporcionar médicos para outros 80 mil.
Luís Cunha Ribeiro considera que a anterior medida – com o envio de 750 mil cartas, que resultaram na atribuição de médico de família a mais 300 mil utentes – “foi bem-sucedida”.
Estes utentes “não perdem nada”, garante Luís Cunha Ribeiro, lembrando que “em qualquer momento que recorram a um centro de saúde são ativados novamente. Não perdem nada”.
“A ideia é pessoas que, como opção, não recorrem ao centro de saúde, darem lugar na lista do médico de família a alguém que tem necessidade de médico de família”, adiantou.
Por Lusa