A greve decretada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) repete-se depois a partir de 29 de junho, por tempo indeterminado. Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente do SNTSS, Almerindo Rego, explicou que a greve agendada desde o início do mês se vai manter.

Almerindo Rego admite que houve profissionais que chegaram a questionar o sindicato sobre a manutenção da greve sobretudo por causa da situação que alguns hospitais da zona Centro do país vivem por causa das vítimas dos incêndios. Contudo, o dirigente sindical recorda que as unidades de queimados, como serviços dos cuidados intensivos, estão abrangidas pelos serviços mínimos e não serão afetadas.

A greve dos técnicos de diagnóstico foi marcada para exigir a “imediata aprovação” do diploma que cria a carreira daqueles profissionais. A greve poderá afetar áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia ou a cardiopneumologia.

Segundo o pré-aviso de greve do Sindicato, a greve começa às 00:00 de 21 de junho e prolonga-se até às 24:00 de 22 de junho. A paralisação total do trabalho deve depois prolongar-se, por tempo indeterminado, a partir das 00:00 de 29 de junho.

Na quarta-feira, o sindicato promete realizar, frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa “a manifestação das manifestações”, segundo uma mensagem divulgada no site da internet. Apesar da greve, o sindicato está obrigado a cumprir serviços mínimos, que assumem a mesma composição e natureza dos serviços assegurados a um domingo. Doentes oncológicos em quimioterapia e radioterapia têm serviços assegurados.

O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde tem exigido que o processo de revisão de carreira seja finalizado, com publicação de diploma. Estes profissionais queixam-se de que a carreira está desatualizada há quase 18 anos e têm feito outras greves para mostrar descontentamento face a um processo que nunca teve conclusão. Esta área de trabalho abrange mais de 20 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.

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