A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou a produção e comercialização de um salmão modificado geneticamente para consumo humano.

O animal cresce em metade do tempo e trata-se do primeiro animal transgénico destinado a ser comido por humanos. Também este ano, cientistas chineses anunciaram a criação de vacas leiteiras transgénicas resistentes à tuberculose.

A empresa biotecnológica norte-americana AquaBounty, criadora deste salmão, aplaudiu em comunicado a decisão do regulador norte-americano. A decisão era esperada pela empresa há mais de cinco anos.

Este salmão - batizado de AquAdvantage - é uma espécie que combina o ADN do salmão do atlântico com o salmão real do pacífico, uma espécie bem maior.

Com esta modificação, os peixes produzem mais hormonas de crescimento e conseguem alcançar em ano e meio o tamanho que alcançariam em três anos.

Sem etiqueta

A nova autorização da FDA não impõe que este salmão seja etiquetado como transgénico, uma vez que é tão seguro e nutritivo como a espécie do salmão do atlântico, garantem os estudos.

Sabe-se que na Europa, esta empresa norte-americana ainda não solicitou a autorização para vender o produto. Portanto, pelo menos por agora, as refeições servidas na Europa continuarão livres de animais transgénicos.

O salmão transgénico foi autorizado depois de mais de 25 anos de exames consecutivos. Um dos principais medos dos defensores contra este tipo de animais é que escapem para o meio ambiente, entrando no ecossistema natural.

Contudo, a empresa que produz o animal garante que os tanques de aquacultura estão situados em terra na ilha Príncipe Eduardo, no Canadá, e no Panamá, sendo que ambos dispõem de várias barreiras físicas até ao mar o que impede que a espécie escape.

Por outro lado, a espécie geneticamente modificada é estéril, asseveram.