Os dados foram avançados à agência Lusa a propósito do Dia Europeu do 112, que hoje se assinala.

As chamadas efetuadas para o 112 são sempre atendidas por uma Central de Emergência da Polícia de Segurança Pública, que aciona os sistemas médico, policial e de incêndio, consoante a situação verificada.

Os dados do MAI, entidade responsável pelo 112, adiantam que em todo o país o número de emergência atende cerca de 25.000 chamadas diariamente, cerca de nove milhões de chamadas por ano.

O MAI estima que cerca de 75 por cento das 25 mil chamadas não têm utilidade no contexto de emergência, mas esclarece que não são "necessariamente falsas”, uma vez que o conceito de chamada falsa remete para telefonemas em que é inventada uma situação que não está acontecer.

Cerca de 60 por cento das chamadas de emergência requerem a intervenção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), 30 por cento das forças de segurança (PSP e GNR) e 10 por cento da proteção civil (bombeiro).

O Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou telefone público para aceder gratuitamente aos serviços de emergência em qualquer país da União Europeia.

Com o objetivo de “melhorar de forma significativa a eficiência do serviço e a coordenação” entre as forças e serviços de segurança e de emergência, o Governo está a desenvolver um projeto baseado na centralização do serviço de atendimento telefónico em dois centros operacionais, o do sul e o do norte.

O centro operacional do sul já está a funcionar e a atualmente efetua o atendimento de sete dos nove distritos a sul.

O MAI adianta que a central do 112 no norte estará a “funcionar no mais curto espaço de tempo”, tendo já sido adjudicado o concurso público pelo valor de cerca de 6,3 milhões de euros, que inclui a manutenção dos dois centros até 2018.

O centro operacional do norte vai efetuar o atendimento 112 dos nove distritos a norte de Coimbra.

O MAI refere que a opção de criar duas centrais do 112 vai permitir “racionalizar os recursos afetos ao serviço 112, libertando desta forma, meios humanos em materiais”.