O protocolo foi rubricado pela secretária de Estado para a Cooperação do Ministério das Relações Exteriores angolano, Ângela Bragança, e pelo embaixador da China em Angola, Cui Aimin.

Em declarações à imprensa, o embaixador chinês disse que o protocolo enquadra-se no projeto de assistência médica gratuita da China a Angola, salientando que integram a equipa, especialistas em ortopedia, pediatria e acupuntura, que vão trabalhar por dois anos, no Hospital Geral de Luanda, construído com financiamento chinês por chineses.

Segundo Cui Aimin, desde 2009, a China já enviou três outros grupos de médicos, com mais de 50 especialistas.

A terceira equipa, que trabalhou de 2013 a 2015, assistiu 62.000 casos de doenças, incluindo 4.000 graves e de urgência, tendo realizado também 1.800 operações cirúrgicas.

O diplomata chinês, que esta semana foi recebido pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, lembrou que o Governo chinês ofereceu a Angola uma ajuda de 500 mil dólares (446 mil euros) para combater o surto de febre-amarela que o país enfrenta.

"Também vamos realizar a segunda doação de materiais médicos para Angola, no valor de 6,5 milhões de yuans (869 mil euros). Esta doação está em preparação e deverá chegar a Luanda brevemente. Isto vai favorecer a melhoria das condições médicas aqui em Angola e melhorar o bem-estar do povo", adiantou.

Por sua vez, Ângela Bragança agradeceu o apoio permanente do Governo chinês, realçando a estratégia desenvolvida pelos dois países.

Acordos de 2015

A governante angolana frisou que a relação entre os dois países alcançou o ponto mais alto com a visita em 2015 de José Eduardo dos Santos à China, altura em que foram assinados acordos importantes no âmbito da cooperação, no domínio do financiamento.

De acordo com Ângela Bragança, independentemente do financiamento há também toda a ação de reforço da amizade entre povos, sublinhando que o protocolo hoje assinado circunscreve-se no âmbito da amizade.

"Desde a construção do Hospital Geral estão a ser desenvolvidas várias ações com vista ao apetrechamento, ou seja, em termos de medicamentos e de equipamentos e também no domínio de pessoal. A parte chinesa está também preocupada com a área de manutenção do hospital, portanto, há uma ação abrangente que não se resume à área da saúde", destacou.

Ângela Bragança referiu que na área da agricultura está também em preparação a construção de um centro de investigação agrícola e de um centro de formação profissional de alta tecnologia na província do Huambo.

"Portanto, são ações que decorrem paralelamente e estas são basicamente doações que agradecemos, é um diálogo permanente, que continua e o povo angolano tem apenas a agradecer esta ação permanente de solidariedade", acrescentou.