A obra, orçada em 1.733.254,00 euros, foi esta sexta-feira (03/03) autorizada pelos ministérios da Saúde e da Finanças, através de uma portaria publicada em Diário da República (DR) e que permite avançar “com o lançamento do concurso ainda hoje ou na segunda-feira”, divulgou a presidente do Conselho de Administração (CA) do CHO, Ana Paula Harfouche.

A cumprirem-se todos os prazos, a previsão divulgada pela presidente do CA em conferência de imprensa é de que “a obra tenha início no último trimestre deste ano” e fique concluída “no primeiro trimestre de 2019”.

A remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha (que em conjunto com os hospitais de Peniche e Torres Vedras compõem o CHO) contemplam a criação de uma segunda Sala de Observação (SO) com 264 metros quadrados e capacidade para 20 camas, e a criação de um espaço complementar para 12 cadeirões, que, segundo o CA, “permitirá a retirada dos doentes dos corredores”.

A intervenção contemplará ainda a urgência pediátrica, onde a atual SO será ampliada de 27 para 76 metros quadrados, passando a dispor de seis camas. Passará ainda a contar com uma sala de espera exclusiva, assim como de um balcão de admissão destinado unicamente aos doentes até aos 18 anos.

Com esta alteração a sala de espera dos adultos será também aumentada, passando de 52 para 93 metros quadrados.

Após a publicação do concurso em DR, as empresas concorrentes terão um prazo de um mês para a apresentação de propostas e, depois de adjudicada, a obra terá que ficar concluída em 457 dias, sendo os encargos financeiros divididos por três anos (224.400,00 euros em 2017, 1.396.654,00 euros em 2018 e 112.200,00 euros em 2019).

De acordo com o CA, “o faseamento foi discutido com os diretores de serviço” no sentido “minorar os impactos para os utentes” do serviço no qual, em 2016 foram realizados 84.361 atendimentos, o que equivale a uma média de 231 doentes atendidos por dia.

O serviço tem “um peso de 50%” no total das urgências médico-cirúrgicas do CHO, que funcionam também em Torres Vedras, e que, no conjunto, fazem destas as “terceiras maiores urgências da região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, a seguir ao Centro Hospitalar Lisboa Norte e ao Centro Hospitalar Lisboa Central, afirmou Ana Paula Harfouche.

O CHO detém uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

A população abrangida é de 292.546 pessoas, número que, segundo a presidente do CA, sobe para mais de 300 mil pessoas devido a eventos sazonais e aos doentes referenciados pelos centros de saúde.

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