14 de março de 2014 - 14h33
O concelho de Vila Franca de Xira tem a funcionar 22 escolas do ensino básico e secundário que contêm fibrocimento, material que é composto por amianto, disse hoje a autarquia à agência Lusa.
Segundo a lista facultada pela Câmara, existem no concelho nove escolas do 2.º e 3.º ciclos de ensino básico e secundário, que estão sob a tutela do Ministério da Educação, e 13 estabelecimentos do 1.º ciclo do ensino básico, da responsabilidade do município.
Em resposta escrita enviada à Lusa, a autarquia sublinha que "já deu conhecimento deste levantamento ao Ministério da Educação, solicitando a intervenção do Governo" nas escolas da responsabilidade da Administração Central. No caso dos 13 equipamentos educativos tutelados pelo município, a Câmara espera retirar o material até 2017.
O município frisa que, desde 2003, tem procedido à remoção de fibrocimento dos estabelecimentos de ensino da sua responsabilidade, no âmbito das requalificações já efetuadas em nove escolas. Os custos desta operação estão incluídos nos valores totais das obras, que rondaram os 10,5 milhões de euros.
"Em 2014, iniciamos a última fase deste processo. Estima-se um investimento de mais de 400 mil euros para a retirada deste material [das 13 escolas] até final do atual mandato", acrescenta a autarquia.
As escolas básicas de 1.º ciclo do Sobralinho, de Povos, de Arcena, da Vala do Carregado, da Quinta de São Sebastião, número quatro de Vila Franca de Xira, de A-dos-Bispos, número um de Vialonga e respetivo polo, de Alpriate, e números 1,3 e 4 de Alverca são os 13 equipamentos de ensino no concelho de Vila Franca de Xira da responsabilidade da autarquia que têm amianto.
Os nove estabelecimentos escolares tutelados pelo Ministério da Educação e Ciência que também têm fibrocimento são as escolas básicas Soeiro Pereira Gomes, Bom Sucesso, D. António de Ataíde, Padre José Rota, Pedro Jacques de Magalhães, Aristides de Sousa Mendes e de Vialonga. Há ainda a escola secundária Alves Redol e a secundária do Forte da Casa.
A 07 de março, o Ministério da Educação reafirmou que estava a fazer um "inventário exaustivo" para identificar as escolas que contêm fibrocimento e que só no final desse trabalho poderia saber "com segurança" o número de edifícios com amianto.
"No entanto, o Ministério da Educação e Ciência já iniciou o processo de remoção do fibrocimento nas escolas, estando já concluídas as obras em 117 escolas e encontrando-se em finalização em 36 escolas", lê-se numa resposta enviada à agência Lusa, nesse dia.
Lusa