A estimativa é que um em cada cinco doentes é infectado por bacilos imunes a pelo menos menos um medicamento; e um em cada 20, por uma bactéria multirresistente, capaz de sobreviver a mais do que um fármaco.

A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo, ultrapassando a Sida. Em 2015, 1,8 milhões de pessoas morreram vítimas da doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Apesar das novas drogas para combater as estirpes mais resistentes aos antibióticos, os especialistas alertam que sem o diagnóstico correto, a eficácia dos medicamentos pode ser perdida rapidamente.

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"A resistência a drogas contra a tuberculose é um problema global que ameaça os esforços para a erradicação da doença", comenta Keertan Dheda, professor da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, que liderouum estudo publicado no jornal "Lancet Respiratory Medicine".  "As taxas de cura para a tuberculose resistente são baixas e as pessoas continuam a ser infetadas", alerta o especialista em entrevista à Reuters.

A tuberculose é uma infeção bacteriana normalmente tratada com uma combinação de antibióticos, mas o uso excessivo dessas medicações em todo o mundo provocou o surgimento de “superbactérias”, estirpes imunes ao tratamento. A maior ameaça são os bacilos multirresistentes, imunes a duas drogas de primeira linha, a isoniazida e a rifampicina.

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