O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) quer ver alargadas as competências destes profissionais, para que assumam tarefas que “permitem salvar vidas”, e está a sensibilizar os partidos políticos para esta proposta.

Ricardo Rocha, presidente do sindicato, disse à agência Lusa que na semana passada decorreram reuniões com o PCP e o Bloco de Esquerda e que hoje ficarão fechadas estas audiências, com o PS, PSD e CDS.

“Pretendemos dar a conhecer a nossa carreira e o nosso aumento das competências, que já está acordado entre o INEM e os diversos parceiros, mas que ainda não está materializado”, afirmou.

Segundo o sindicalista, atualmente os técnicos de ambulância não podem, por exemplo, usar uma bomba de asma num asmático ou aplicar canetas para a hipoglicémia, quando os próprios familiares dos doentes o podem fazer.

“São exemplos simples mas que podem salvar vidas. Em todos os países ocidentais os paramédicos fazem este tipo de atos”, argumentou Ricardo Rocha.

O alargamento de competências ainda não acontece na prática, havendo apenas um compromisso verbal.

O sindicato pretende agora demonstrar aos vários partidos que já existe consenso entre os parceiros da área para aumentar a capacidade dos técnicos de ambulância do INEM e que é necessário pôr rapidamente em prática esta questão.

“Estamos a falar de um aumento de qualidade brutal, sem aumento remuneratório, até pelas condições difíceis em que se encontra o país”, adiantou o dirigente sindical.

Atualmente, há cerca de 775 técnicos do INEM a tripular 61 ambulâncias de suporte básico de vida e cerca de 30 de suporte imediato de vida.

21 de julho de 2011

Fonte: Lusa