Em 2050, cerca de 77 milhões de europeus vão sofrer de rinite alérgica, em comparação com os 33 milhões atuais, de acordo com um estudo publicado na revista Environmental Health Perspectives.

"A alergia ao pólen de ambrósia provavelmente tornar-se-á um grande problema de saúde em boa parte da Europa", disse o autor do estudo, Iain Lake, investigador da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.

Estudos anteriores já tinham previsto que o aquecimento global acelerasse a disseminação do pólen, mas este é o primeiro estudo a quantificar os efeitos. Não apenas mais pessoas vão ser afetadas por asma alérgica, prurido e olhos inchados, como a gravidade dos sintomas também aumentará, conclui ainda o estudo.

De acordo com a investigação, esse impacto será provocado por maiores concentrações de ambrósia e por uma temporada de polinização mais longa.

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Os países menos afetados hoje em dia - como a França, Alemanha e Polónia - serão provavelmente os mais atingidos nas próximas décadas.

O estudo aponta como principal culpado as mudanças climáticas, mas a contínua propagação da espécie invasora Ambrosia artemisiifolia também é tida como um fator-chave neste aumento de casos.

Uma única planta ambrósia pode produzir cerca de mil milhões de grãos de pólen por ano, principalmente em agosto. A ambrósia é responsável por mais da metade da produção de pólen em muitos países europeus.

A rinite é uma condição alérgica comum que afeta cerca de 40% dos europeus em algum momento de sua vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 400 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de rinite alérgica, e 300 milhões, de asma relacionada com o pólen.