O equipamento, conhecido pela sigla PET TAC, combina dois tipos de exames - a Tomografia por Emissão de Positrões (PET) e a Tomografia Axial Computorizada (TAC) - sendo um meio de diagnóstico da área da Medicina Nuclear que possibilita a deteção e a determinação do estadiamento da doença.

"Vamos equipar o Algarve com um PET TAC e estamos a fazer tudo para que no mais curto espaço de tempo a região venha a beneficiar deste equipamento", disse à Lusa João Moura Reis, sublinhando que a instalação do dispositivo, em Faro, "vai melhorar muito a intervenção no âmbito da Oncologia".

Segundo aquele responsável, a instalação do aparelho, que deverá entrar em funcionamento no próximo ano, em Faro, vai melhorar a capacidade de diagnóstico das lesões benignas e malignas, permitindo estabelecer com maior segurança o estadiamento dos tumores e ainda observar mais facilmente o grau de malignidade.

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"Estabelece-se mais facilmente a localização ou recidivas [retorno da atividade de uma doença] no caso de haver subida dos valores tumorais", explicou, acrescentando que estabelece também mais facilmente a existência de recorrências, como algumas doenças residuais que possam ficar.

João Moura Reis sublinhou que a instalação do equipamento no Algarve, que representa um investimento superior a 2 milhões de euros, "deverá a curto prazo ser validada", prevendo-se que entre a encomenda do aparelho e a sua instalação decorra cerca de um ano.

No mês de dezembro foi instalado na Unidade de Radioterapia do Algarve um novo acelerador linear, um equipamento de radioterapia de última geração que vai permitir tratar os doentes com cancro em períodos mais curtos e com menos efeitos secundários. Uma das novas técnicas disponibilizadas é a radioterapia guiada por imagem, sistema automatizado que possibilita a colocação do paciente no local certo por situar, de forma mais exata, o tumor em causa.