A Comissão Europeia solicitou à AESA que detetasse os erros que permitiram ao co-piloto alemão Andreas Lubitz lançar voluntariamente um avião A320 contra os Alpes Franceses a 24 de março de 2015, matando todas as 149 pessoas a bordo. O voo da companhia alemã GermanWings, a low-cost da Lufthansa, fazia a rota Barcelona-Düsseldorf.

A AESA propõe o reforço dos exames médicos dos pilotos através da introdução de análises ao sangue em busca da presença de vestígios de droga ou álcool, uma avaliação completa da saúde mental e um melhor acompanhamento em caso de histórico de problemas psiquiátricos.

As propostas prevêem ainda uma melhor formação e supervisão dos médicos que observam os pilotos, forçando os centros de exames a informar as companhias sempre que detetem exames incompletos ou fora das conformidades.

Em julho, a Agência Europeia flexibilizou a recomendação emitida logo após o incidente da GermanWings sobre a presença constante de dois membros da tripulação no cockpit.

Imposta em março de 2015, a AESA decidiu agora "rever o seu conteúdo", após consultar a indústria da aviação, de acordo com um boletim informativo divulgado esta terça-feira.

Agora, a agência aconselha as companhias aéreas a considerar caso a caso o risco da presença de uma única pessoa no cockpit. "A avaliação do risco pode ser resumida assim: Até que ponto conhece a sua equipa e controla o risco?", declarou à agência de notícias France Presse uma porta-voz da AESA. Essa avaliação "pode levar o operador a exigir duas pessoas no cockpit sempre", acrescentou.

O relatório final dos investigadores franceses conclui que Andreas Lubitz, de 27 anos, derrubou o avião da Germanwings, após se trancar sozinho no cockpit.

Com AFP