É preciso recuar um par de anos para se lembrar deste fenómeno que tomou conta das redes sociais em 2014. O Ice Bucket Challenge - banho gelado, em Portugal - consistia em deitar um balde de água gelada sobre nós mesmos e em seguida desafiar três amigos a fazerem o mesmo, com a condição de filmarem o momento e partilharem nas redes sociais. Caso as pessoas nomeadas não aceitassem o Ice Bucket Challenge eram obrigadas a doar dinheiro para a ALS Association, ajudando pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Passados dois anos, a associação informa que 17 milhões de pessoas aceitaram o desafio, o que fez com que no espaço de 6 semanas 2,5 milhões de americanos doassem 104 milhões de euros para a ALS Association, revela a estação televisiva CNN.

A maior fatia das doações - 70 milhões - foi investida em pesquisas relacionadas com a doença, enquanto 20 milhões de euros serão destinados à prestação de serviços comunitários e cuidados de saúde a pacientes.

Apesar de ainda não existir cura para a doença, a verdade é que existem boas notícias. O Project MinE, que se dedica a fazer pesquisas relacionadas com a doença, anunciou que foi identificado um novo gene – o NEK1 - que pode ter um papel determinante no tratamento da esclerose lateral amiotrófica.

“É muito emocionante porque mostra que as doações de todas as pessoas que contribuíram para o Ice Bucket Challenge tiveram um impacto nesta pesquisa”, afirmou Brian Frederick, presidente executivo da ALS Association citado pelo jornal britânico ‘The Guardian’. “O trabalho que o Project MinE está a fazer é muito importante, e a descoberta deste novo gene vai ajudar-nos a compreender melhor a ELA.”

Recorde-se que o objetivo desta campanha era angariar dinheiro para a ALS Association, uma organização que recolhe fundos para financiar a investigação para a esclerose lateral amiotrófica e tentar promover uma maior consciencialização sobre esta doença neurológica degenerativa, progressiva e rara.