“Sem prejuízo da compreensão pela repercussão negativa do ponto de vista económico-financeiro decorrente da denúncia do referido protocolo, revela-se insustentável a manutenção do funcionamento da unidade em apreço nos moldes em que se vem verificando”, afirma a ARS numa nota de esclarecimento enviada à agência Lusa.

No entanto, acrescenta, “a cessação do protocolo não põe, de modo algum, em causa, a resposta do Serviço Nacional de Saúde à tipologia de utentes, até agora servidos pela unidade”, através da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

“É de há muito do conhecimento da Santa Casa da Misericórdia de Góis que o protocolo celebrado, em 1996, entre aquela entidade, a ARS do Centro e a Segurança Social, é um protocolo atípico, desadequado face ao quadro legal vigente”, recorda o Gabinete de Relações Públicas e Comunicação da ARS.

Na quarta-feira, a Misericórdia de Góis contestou o eventual encerramento da UIH do concelho, por imposição da Administração Regional de Saúde, a que preside o médico José Tereso, e admitiu vir a despedir alguns trabalhadores.

“Querem-nos fechar o internamento”, que ocupa seis das 11 camas da unidade, que funciona em articulação com o Centro de Saúde de Góis, disse, em conferência de imprensa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, José Serra, indicando que a UIH acolheu cerca de 500 utentes ao longo de 18 anos.

José Serra revelou que, em junho, a instituição que dirige foi informada, através de correio eletrónico, da comunicação da ARS que obriga os médicos do Centro de Saúde de Góis, no distrito de Coimbra, a “não realizarem mais internamentos” naquela unidade.

A UIH foi criada no âmbito de um protocolo celebrado, em 1996, entre a Misericórdia, a ARS do Centro e a Segurança Social.

As seis camas de internamento médico são da responsabilidade do Ministério da Saúde, enquanto as restantes são pagas pela Segurança Social, assegurando apoio a idosos equiparado aos cuidados continuados.