"A proposta que estamos a desenvolver para apresentar ao senhor ministro é no sentido de criar o Hospital Central Universitário do Algarve em Faro e um centro hospitalar em Portimão", revelou João Moura Reis, sublinhando que o processo se insere na estratégia de reorganização do Serviço Nacional de Saúde que está em curso na região.

O Centro Hospitalar do Algarve, criado em 2013, deverá ser desagregado até ao final do ano, de acordo com uma proposta apresentada pela ARS à tutela, que aponta para a continuidade do modelo conjunto dos hospitais de Lagos e de Portimão e a cisão entre estes e o hospital de Faro.

"Queremos dotar o Algarve com melhores profissionais de saúde e promover uma ligação mais estreita à Universidade do Algarve, que passa não só pela aquisição e partilha de conhecimentos, como por criar formas de progressão tanto na carreira médica, como na carreira docente", referiu João Moura Reis.

Segundo o responsável, a ARS quer ainda promover uma "política de maior proximidade às populações", já que só é possível "resolver os problemas nos cuidados hospitalares" na região se houver uma maior articulação "entre os cuidados de saúde primários, os cuidados continuados integrados e a comunidade".

Segundo João Moura Reis, a partir do próximo ano, a ARS/Algarve vai promover em articulação com a universidade um projeto que visa caracterizar a população algarvia, nomeadamente no que respeita aos fatores que estão na origem do desenvolvimento de doenças. "Queremos estudar o indivíduo nas suas componentes e não propriamente as doenças em si, para saber, por exemplo, onde há mais predominância de determinado tipo de patologias", explicou.

O objetivo é, com base nos dados de que a ARS dispõe atualmente, fazer um estudo cujo resultado permita "planear mais eficazmente os cuidados de saúde a ter com a população".

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