Situado na Tocha, o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC) - Rovisco Pais tem “características únicas no país”, pautando-se “pela hospitalidade e qualidade dos seus serviços num plano de humanização”, sublinha aquela organização, num comunicado enviado à agência Lusa.

A ARSC lamenta, por isso, que a presidente da Associação Nacional AVC, Clara Fernandes, desconheça a existência do CMRRC – Rovisco Pais, “onde se pratica uma medicina física e de reabilitação orientada por uma abordagem biopsicossocial da reabilitação”.

A Associação Nacional AVC alertou hoje as entidades governamentais para a urgência de se implementar um novo modelo de intervenção ao nível da reabilitação das vítimas de acidente vascular cerebral em Portugal.

Segundo a associação, “o número de sessões comparticipadas pelo Ministério da Saúde é inegavelmente insuficiente e em grande parte de discutível qualidade” e, “à exceção de Alcoitão e do Centro de Reabilitação do Norte, não existem unidades de reabilitação e de promoção da autonomia com condições de excelência e específicas para estes doentes”.

A ARSC convida Clara Fernandes a visitar o Rovisco Pais, que foi criado em 1996 e “dispõe de uma lotação de 80 camas de reabilitação para a população da região Centro”.

Neste hospital existe “um Serviço de Reabilitação Geral de Adultos, com 50 camas, onde são internados para reabilitação intensiva doentes de AVC, entre outros, e uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados com 60 camas, que recebe doentes pós AVC”.

Na terça-feira, Dia Nacional do Doente com AVC, é inaugurada no Rovisco Pais a exposição de pintura Regresso, “de um artista plástico que, a recuperar de um AVC no hospital, acabou por se reencontrar como pintor, conquistando de novo uma capacidade que julgara perdida”, acrescenta.

No ano de 2014, o CMRRC realizou 4.050 consultas de reabilitação, mais de um milhão de tratamentos em Medicina Física e Reabilitação e tratou 307 doentes em regime de internamento, num total de 24.015 dias de internamento de reabilitação.

No CMRRC-RP, onde estão disponíveis as técnicas mais avançadas de avaliação e tratamento em reabilitação, existe um núcleo habitacional de preparação para a alta para doentes com incapacidade, com 16 apartamentos adaptados, um deles totalmente robotizado - “casa inteligente” - projeto conduzido em parceria com a Universidade de Aveiro, salienta a ARS do Centro.