19 de agosto de 2014 - 14h01

A adesão à greve de enfermeiros no Hospital de Santarém rondou “os 60 a 70%” no turno da manhã de hoje, admitiu o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Os enfermeiros do Hospital de Santarém iniciaram hoje uma greve de quatro dias, protestando contra o que consideram "incumprimento dos horários de trabalho" e pela rápida admissão de mais profissionais para a unidade de saúde.

Em declarações à agência Lusa, Helena Jorge, do SEP, disse que a adesão à greve, que se prolonga até sexta-feira, "ronda hoje os 60 a 70%" dos enfermeiros, tendo destacado uma "adesão a 100%" nos serviços de urgência geral, cardiologia e serviços de medicina.

"No bloco operatório e cirurgia de ambulatório os enfermeiros não aderiram à greve no dia de hoje", observou a dirigente sindical.

Segundo Helena Jorge, os serviços de urgências estão a funcionar, em termos de pessoal de enfermagem, em regime de serviços mínimos, pelo que os utentes "podem ter de esperar mais do que as quatro horas habituais. Podem ser horas infinitas, mas vão ser todos atendidos", assegurou.

"Já somos poucos enfermeiros e temos muitos utentes internados, pelo que apelamos a que as situações que não sejam realmente urgentes se desloquem para os centros de saúde para procurar atendimento", pediu a dirigente sindical.

A agência Lusa contactou o Conselho de Administração (CA) da unidade hospitalar de Santarém, que se escusou a prestar declarações.

A Lusa pediu também um comentário à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que até ao momento não foi possível obter.

Na segunda-feira, a administração do Hospital anunciou que obteve autorização para contratar 17 enfermeiros, número que o SEP considera insuficiente.

Convocada pelo SEP, a greve teve início hoje, às 08:00, e prolonga-se até às 24:00 de dia 22 de agosto, sexta-feira.

Por Lusa