Francisco Figueiredo, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, afirmou à Lusa que os trabalhadores da Itau, SA, reclamam aumentos salariais e o cumprimento do acordo de empresa relativamente ao pagamento prestado por trabalho em dia feriado.

“Hoje apenas estão a ser cumpridos os serviços mínimos” para que os doentes internados não fiquem sem refeições, disse, explicando que funcionários, médicos, enfermeiros e utentes que queiram usar os refeitórios terão certamente de ir almoçar a outro local.

Trabalhadores à porta do Santo António

Francisco Figueiredo afirmou que em causa estão cerca de 200 trabalhadores, sendo que alguns deles se concentraram esta manhã à porta do Hospital de Santo António.

“A empresa Itau não dá aumentos salariais desde 2010 e não está a pagar o trabalho em dia feriado como devia, porque para sete horas e meia de trabalho os trabalhadores deveriam receber 45 euros e apenas estão a receber metade”, acrescentou.

O sindicalista sublinhou que “o contrato é muito claro”, não existindo “nenhuma razão para não pagar o trabalho em dia feriado por inteiro”.

A Lusa contactou a Itau que se escusou a prestar declarações.

Os trabalhadores da empresa que explora as cantinas dos hospitais de Famalicão e Guimarães – Gertal - cumpriram na quarta-feira uma greve pelos mesmos motivos.

Francisco Figueiredo referiu que a Gertal e a Itau pertencem ao mesmo grupo, sendo que está já agendada para segunda-feira uma greve semelhante dos trabalhadores da empresa que presta o serviço nas cantinas dos hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima.