José Carlos Martins, do SEP, disse aos jornalistas que ainda não há dados de adesão dos cuidados de saúde primários, deixando a entender que deverão ser centenas as unidades afetadas.

O responsável, que falava aos jornalistas junto ao Hospital de São José, considerou que esta adesão à greve mostra o elevado descontentamento dos enfermeiros.

A greve dos enfermeiros começou às 08h00 de hoje e termina pelas 23h59 de sexta-feira.

O Sindicato dos Enfermeiros (SEP), que convoca esta greve, luta pela aplicação das 35 horas para todos os profissionais, pela progressão na carreira, pelo pagamento a 100% das horas penosas e extraordinárias e pela admissão de mais enfermeiros.

Os sindicalistas dizem-se cansados das reuniões inconclusivas com a tutela e do arrastar da situação laboral dos enfermeiros, que consideram injusta e incomportável, além de julgarem que coloca em causa a segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados.

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Os enfermeiros exigem a reposição do valor integral das horas de qualidade e horas extraordinárias, “cujos cortes de 50% eram para vigorar apenas durante o plano de assistência financeiro”. Querem também o pagamento do trabalho extraordinário e incentivos aos enfermeiros que trabalham nas USF modelo B, “face àquilo que são os milhares de horas a mais por carência de enfermeiros”.

O SEP exige ainda a “abertura imediata de concurso nacional para as ARS [Administrações Regionais de Saúde], com vista a admitir 2.000 enfermeiros e o aumento de contratação para os hospitais, e de 4.000 enfermeiros para 2017”.