Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, Guadalupe Simões fez um primeiro balanço com os dados do primeiro turno da greve, adiantando que a adesão ”está a ser muito boa”, apesar de o Governo ter alterado as condições à última hora.

“A adesão está a ser muito boa, o turno da noite registou uma adesão de 78,4 por cento (%), chegando em alguns hospitais muito perto dos 100 por cento. A nossa expectativa é que se mantenham estes números no turno da manhã e da tarde”, explicou.

A sindicalista adiantou que os hospitais de Peniche, Fundão e Lamego registaram uma adesão de 100%, no Hospital Dona Estefânia 91,2%, Hospital de São José 85,9%, Hospital de Santa Marta 97,1%, Unidade Local de Saúde de Matosinhos 85,2%, Hospital de São João 84,9% e Hospitais da Universidade de Coimbra 84,6%.

Às 08h00, a Lusa verificou que os corredores do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, se encontravam praticamente vazios devido à greve, mas ainda alguns utentes, pois muitos daqueles que se deslocaram àquela unidade hospitalar foram surpreendidos pela paralisação.

A greve de hoje foi convocada pela Federação sindical filiada na CGTP e teve depois a adesão do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Na origem da convocação da greve estão os cortes salariais na função pública, o aumento do horário semanal das 35 para as 40 horas, a colocação de trabalhadores no regime de requalificação, o congelamento das carreiras e a falta de negociação no setor.

Já a adesão à greve dos trabalhadores da administração pública no turno da noite em hospitais de todo o do país ronda os 100%, tendo sido cumpridos apenas os serviços mínimos, segundo dados disponibilizados pela Frente Comum.