Em comunicado, o INEM refere que 97% dos trabalhadores escalados para os turnos regulares ou de trabalho extraordinário nos CODU e nos meios de emergência médica encontram-se “em plena laboração”.

O INEM adianta que a percentagem de adesão à greve é de 16%, correspondente a 60 trabalhadores, mas 48 destes estiveram ao serviço para garantir serviços mínimos, significando que 12 funcionários faltaram efetivamente ao serviço.

Os trabalhadores do INEM realizam hoje uma greve de 24 horas e promoveram, durante a manhã, uma manifestação para exigir que os técnicos de emergência pré-hospitalar passem a ter um vencimento de acordo com a nova carreira, aprovada há cerca de um ano, protestos organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFP).

Sem avançar com números, Luís Pesca, da FNSTFP, disse à agência Lusa que a adesão está a ser “muito elevada”, ressalvando que têm que ser garantidos os serviços mínimos obrigatórios para os períodos de greve.

Luís Pesca adiantou que o mais importante do que a greve era a manifestação, que decorreu hoje de manhã entre a sede do INEM e o Ministério da Saúde, e que, segundo o sindicalista, contou com uma grande participação.

Sobre os trabalhadores que não recebem a remuneração prevista para a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar, quase um ano depois de a medida ter entrado em vigor, o INEM esclarece que a responsabilidade sobre esta matéria “ultrapassa claramente as competências do INEM”, que tem acompanhado "a preocupação da tutela sobre este assunto" na procura "de uma solução mais justa".

A falta de pessoal no INEM, o excesso de horas extraordinárias, a nova política de recrutamento e “os graves constrangimentos à aplicação das 35 horas semanais de trabalho” são outros motivos dos protestos de hoje.

Em relação aos novos efetivos, o INEM refere que o recrutamento de 60 assistentes técnicos para os CODU, através da mobilidade na categoria ou intercarreiras, foi “a solução encontrada pelo Instituto para garantir que, com brevidade, os CODU fossem reforçados com mais recursos humanos”.

No comunicado, o INEM refere ainda que o novo regulamento relativo ao fardamento, que será publicado em breve em Diário da República, vai permitir “uma maior flexibilidade” aos trabalhadores e adianta que serão resolvidos, “da forma mais célere possível”, os problemas detetados nas bases do instituto, cuja maioria está situada em instalações de outras instituições.