4 de fevereiro de 2014 - 11h45

A Medicina Chinesa tem revelado uma abordagem que apresenta cada vez mais sucessos no combate à doença oncológica, nomeadamente através da acupuntura. 
No âmbito do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, doença responsável pela morte de mais de 40 mil portugueses por ano, Wenqian Chen, uma das mais antigas especialistas em Medicina Chinesa em funções em Portugal, alerta para a necessidade da procura de outras soluções medicinais.
"O respeito e cultivo de hábitos de prevenção e estilos de vida mais saudáveis é ainda pouco frequente em Portugal", diz Wenqian Chen, também responsável pelo Centro de Terapias Chinesas, há vinte anos em Portugal. 
"O corpo humano deve ser olhado como se de um sistema global se tratasse e não pela perspetiva reducionista mais comum no Ocidente, assente em métodos muito agressivos e com consequências nefastas para a saúde", reforça. 
Segundo resultados de um estudo efetuado pela American Society for Therapeutic Radiology and Oncology, os efeitos da acupuntura duram mais tempo, não geram reações secundárias adversas e proporcionam uma sensação aumentada de bem-estar e energia, eliminando, frequentemente, a necessidade de utilização de tratamento hormonais.
"Este tipo de conclusões confirmam o trabalho que temos desenvolvido ao longo dos tempos. A acupuntura contribui para a melhoria do sistema imunitário, determinante para uma recuperação e restabelecimento do organismo, e também para que as células cancerígenas não regressem e ou avancem, razão pela qual o seu sucesso é cada vez maior", explica Wenqian Chen. 
"Estamos a falar da redução de náuseas, vómitos e dores provocadas pela quimioterapia, mas também da diminuição dos afrontamentos da menopausa, que aparecem após a quimioterapia", acrescenta.
No Centro de Terapias Chinesas, a luta contra o cancro passa ainda por terapias como o Reiki, Shiatsu ou o Yoga, indicadas pela Medicina Ocidental como complemento fundamental para a parte psicológica. 
"O cancro é quase sempre o resultado de um desequilíbrio que dura geralmente há bastante tempo e que teve vários sinais que o anteciparam. Se estivermos atentos, ou apostarmos num estilo de vida saudável, esta antecipação é detetada", esclarece a especialista.

SAPO Saúde