“No mês de abril, tivemos 22 médicos que acabaram o internato e fizeram o exame nacional para terminarem a sua especialidade. Fizemos um compromisso público de acelerarmos rapidamente o processo de contratação deles mal as notas saíssem”, afirmou Rui Luís, que assina um despacho, hoje publicado em Jornal Oficial, com a listagem das especialidades e estabelecimentos onde existe carência de médicos. Segundo o governante, “essas são as vagas que confirmam as necessidades da região” nessas especialidades.

O secretário regional da Saúde disse ainda que se permite a estes médicos que terminaram o internato que continuem a exercer no arquipélago até à abertura do concurso. “Automaticamente, estamos a evidenciar a nossa carência para essas especialidades para rapidamente abrirmos o concurso”, explicou.

O governante, que destacou a rapidez deste processo, salientou que esta “acaba por ser uma medida de fixação de médicos”, ao “não se demorar muito tempo entre a saída das notas e a abertura do concurso”. “A região acaba por dizer a esses médicos, que foram internos durante vários anos, que estamos interessados neles, que os acarinhamos e reconhecemos o esforço de formação que fizeram, e estamos aqui do lado deles e vamos abrir rapidamente os concursos”, referiu, admitindo que, agora, é preciso que estes profissionais queiram ficar nos Açores.

Nesse sentido, justificou “este passo” em simultâneo “com o que vai acontecer a nível nacional”, para “dar oportunidade às pessoas de rapidamente optarem pelos Açores”.

No despacho lê-se que o Serviço Regional de Saúde dos Açores apresenta, “ao nível das especialidades hospitalares e de medicina geral e familiar, carências graves”, agravadas pela “dispersão geográfica e realidade insular”, pelo que “importa viabilizar a manutenção do vínculo dos internos”.

As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos

O documento adianta que, dada a conclusão do internato médico por 22 profissionais que “adquiriram ou vão adquirir o grau de especialista”, importa viabilizar a sua contratação com a “maior celeridade possível, permitindo, assim, a respetiva colocação” nos serviços “onde se denotem as maiores carências das especialidades em causa”.

O anexo ao despacho aponta a necessidade de oito médicos de clínica geral e familiar (para as unidades de saúde de São Miguel, Terceira e Pico).

Já para os três hospitais da região - São Miguel, Terceira e Horta – são necessários, entre outros, especialistas em cirurgia geral, ginecologia/obstetrícia, oncologia ou ortopedia.