16 de setembro de 2013 - 17h15
A biblioteca de dados e amostras biológicos BBMRI abriu hoje oficialmente as portas em Graz, no sul da Áustria, com a missão de facilitar e melhorar o acesso a estes dados para os investigadores europeus.
O estudo de doenças e o desenvolvimento de novos diagnósticos e de terapias dependem da recolha e da análise de amostras biológicas de sangue, soro, plasma ou urina. Associados aos dados clínicos e médicos do doador, estes estudos podem levar a um tratamento mais eficaz de algumas doenças e resultar na identificação de genes.
Para os investigadores, é importante dispor do maior número de amostras possível para realizar análises estatísticas, explicou o reitor da universidade de Graz, Josef Smolle.
"Começamos, com a participação dos biobancos europeus, com perto de 20 milhões de amostras", congratulou-se o patologista da universidade de Graz, Kurt Zatloukal, que participou no desenvolvimento da BBMRI (Infraestrutura de investigação de recursos biomoleculares e biobanco).
O objetivo da biblioteca é melhorar a cooperação e o trabalho em comum das instituições participantes na infraestrutura.
O projeto é financiado por fundos europeus e apoiado pelo fórum estratégico de infraestruturas de investigação europeu.
Três instituições portuguesas integram o grupo de organizações associadas: o hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo (Açores), o Laboratório de Glicobiologia do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, e o Banco de Tumores do hospital de São João, no Porto.
Oito países europeus, entre os quais a França e a Alemanha, estão entre os iniciadores do projeto da BBMRI com a Áustria, precisou o ministro da Investigação e do Ensino Superior austríaco, Karlheinz Tochterle.

Lusa