O Uruguai começou a vender canábis em farmácias de todo o país no mês passado, conforme previa o regulamento aprovado em dezembro de 2013 pelo ex-presidente José Mujica, que governou entre 2010 e 2015.

Com a iniciativa, o país tornou-se no primeiro no mundo a controlar o mercado da canábis, desde a plantação até à venda ao público. No entanto, metade dos uruguaios assegura não estar de acordo com a medida, sobretudo pessoas com mais de 60 anos, revela o relatório da empresa.

O estudo indica ainda que a rejeição é maior entre as pessoas com o nível de escolaridade mais baixo e entre os eleitores dos partidos da oposição, o Nacional (PN) e o Colorado (PC).

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"O divisor de águas a respeito da temática é a filiação partidária", lê-se no estudo, que acrescenta que entre os eleitores da coligação de esquerda que governa o país, a Frente Amplio (FA), a adesão cresce 46%, enquanto que entre os simpatizantes do PN e do PC o desacordo ultrapassa os 80%.

A lei aprovada em dezembro de 2013 estabeleceu três vias de acesso à substância, excludentes entre si: o cultivo doméstico, os clubes de cultivadores e a compra em farmácias. Até ao momento, o Instituto de Regulamento e Controlo da Canábis registou 6.944 plantações em casa, 63 clubes e 11.247 aquisições em farmácias.

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