A empresa tecnológica Vocalid está a mudar o paradigma das vozes informatizadas, ao combinar sons das pessoas incapazes de falar com vozes gravadas de outras pessoas. "A minha voz anterior era como um computador a falar. A minha voz atual têm sons que são meus", diz Delaney.

Milhares de pessoas em todo o mundo dependem de computadores para falar, mas a maioria usa a mesma voz computadorizada. A partir de aparelhos tecnológicos, conseguem expressar-se com frases combinadas e previamente gravadas.

Para acabar com esse padrão de voz uniformizado, a psicóloga e terapeuta da fala Rupal Patel decidiu por mãos à obra: "Vi uma menina e um homem a conversar. Os dois estavam a usar tecnologias de apoio diferentes, mas com exatamente a mesma voz masculina e computorizada nos aparelhos", contou.

Foi nessa altura que a investigadora que concluiu o doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (M.I.T.) decidiu desenvolver uma tecnologia que permitisse criar vozes únicas para as pessoas que dependem de computadores para falar.

"Queríamos fazer vozes para pessoas comuns, mas elas não podem pagar centenas de milhares de dólares por cada voz. Então, pensámos em recolher vozes para criar um grande banco de vozes e, a partir daí, criar identidades vocais únicas", disse Patel.

Em 2014, a investigadora criou a empresa Vocalid e passou a pedir que as pessoas doassem vozes. Num computador, Patel mistura as vozes dos doadores com sons emitidos pelos portadores de dificuldades da fala, para criar uma identidade vocal única. "Todos nós somos capazes de emitir sons que são únicos. Pegamos nesses sons únicos e misturamos com a voz de um doador compatível", explica.

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