Um estudo publicado esta quinta-feira na revista Nature confirma que a maior parte dos casos de cancro deriva de fatores que podem ser evitados. A investigação é da Universidade de Stony Brook, em Nova Iorque.

De acordo com a análise, os fatores externos e ambientais, como a radiação, a poluição, o tabaco e a exposição a elementos tóxicos estão na origem da maioria dos problemas oncológicos.

Segundo o investigador Yusuf Hannun, principal autor do estudo, os fatores ambientais surgem entre as principais causas de cancro, ao lado de fatores de risco já conhecidos como altamente prejudiciais, como o consumo de tabaco ou a exposição solar excessiva.

Os investigadores observaram casos de pessoas que se mudaram de regiões de baixo risco em relação ao desenvolvimento da doença para zonas onde é mais frequente surgirem casos de cancro e concluíram que estes indivíduos se tornam mais vulneráveis a doenças oncológicas.

Os responsáveis pelo trabalho concluíram ainda que nove em cada dez cancros são causados por fatores externos e ambientais tais como o tabaco, o álcool, a exposição ao sol e a poluição.

Os investigadores realçam que 75% do risco de desenvolvimento de cancro colorretal está intrinsecamente ligado aos hábitos alimentares.

Já a exposição excessiva ao sol aumenta em 86% o risco de cancro de pele, tal como 75% das hipóteses de desenvolver cancro da cabeça e pescoço surgem por via do consumo exagerado de tabaco e álcool.