Cerca de 1,7 milhões de vacinas contra a gripe começam hoje a ser vendidas nas farmácias. A estas juntam-se cerca de 300 mil, que vão ser distribuídas nos centros de saúde, de forma gratuita, pelas pessoas mais desfavorecidas e institucionalizadas. Desta vez, a vacina imuniza também contra o vírus da gripe A.

"Neste momento, as farmácias e os centros de saúde estão a ser abastecidos com as vacinas necessárias", afirma a subdirectora geral da Saúde, Graça Freitas.

Fonte da Associação Nacional de Farmácias (ANF), contactada pela agência Lusa, confirma que as farmácias já têm disponíveis as vacinas, que poderão ser compradas mediante apresentação de receita médica, válida até 31 de Dezembro.

Nas administrações regionais de saúde, e para serem colocadas nos centros de saúde, estão também já as vacinas que irão ser distribuídas gratuitamente aos residentes de lares de idosos de instituições particulares de solidariedade social, das misericórdias e de gestão directa da Segurança Social, aos doentes integrados na rede de cuidados continuados e beneficiários do complemento solidário para idosos.

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) pretende que, este ano, a vacina atinja mais de 75% das pessoas em instituições e acima de 50% da população considerada prioritária: idosos com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos ou grávidas com mais de 12 semanas de gestação.

Não há data concreta para o início da vacinação – uma informação que Graça Freitas não quis também adiantar, para "não criar ansiedade nas pessoas e gerar uma corrida às vacinas".

"Nós aconselhamos a vacinação em Outubro. O dia exacto é quando as pessoas quiserem", diz a subdirectora geral da Saúde, adiantando que "pode acontecer que algum local ainda não tenha a vacina disponível e isso pode gerar ansiedade nas pessoas".

A subdirectora geral de Saúde apela ainda aos médicos que façam uma "prescrição criteriosa, para que a vacina chegue a quem precisa".

Para prevenir a transmissão da gripe, Graça Freitas aconselhou os portugueses a manterem as medidas que "tão bem interiorizaram" de higiene das mãos, de "etiqueta respiratória" e de distanciamento social para evitarem a propagação do vírus H1N1.

"São medidas que servem para qualquer doença que se transmite da forma como a gripe o faz. São medidas que devíamos adoptar no dia-a-dia", defende.

Graça Freitas apela ainda às pessoas que têm indicação para serem vacinadas para o fazerem, porque "a vacina é eficaz, segura e protege-as da doença e das suas complicações".

2010-10-01