No âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, assinalado no próximo dia 20 de outubro. a Associação Portuguesa contra a Osteoporose (APOROS)  relembra que a cada três segundos ocorre uma fratura osteoporótica no mundo e que 80 por cento dos pacientes não são avaliados nem tratados por osteoporose, apesar de existirem medicamentos eficazes que podem reduzir significativamente o risco de fratura em 30 a 70 por cento.
Num dia em que todos os olhares estão voltados para esta doença, é importante alertar que cerca de 20 por cento dos doentes que sofrem uma fratura no colo do fémur morrem no período de um ano após a fratura, 40 por cento ficam incapacitados de andar sozinhos e 33 por cento vão para lares ou ficam dependentes de terceiros.
Num país cada vez mais “idoso”, onde a osteoporose já afeta mais de 800 mil pessoas, os encargos socioeconómicos associados à doença têm tendência a crescer. Segundo a presidente da APOROS, Viviana Tavares, “o envelhecimento populacional que se tem registado nos últimos anos e o peso económico que as fraturas representam na economia portuguesa, tornam determinante a prevenção da osteoporose”. Em 2010, o peso económico das fraturas em Portugal foi de 592 milhões de euros, sendo o custo de cada doente internado com fratura da anca, em média de 6.038 Euros. 
De acordo com a International Osteoporosis Foundation (IOF), aos 50 anos de idade, uma em cada duas mulheres e um em cada cinco homens irão sofrer uma fratura. Para as mulheres este risco é mais elevado do que o risco de cancro mama, ovários e útero combinados. Para os homens, o risco é mais elevado do que o risco para o cancro de próstata. 
Em Portugal metade das camas dos serviços de ortopedia estão permanentemente ocupadas por fraturas osteoporóticas. 
“A osteoporose é um problema de saúde pública”, alerta Viviana Tavares, presidente da APOROS, acrescentando que “apesar de saberem a importância de um estilo de vida saudável, os portugueses continuam negligentes nos seus hábitos”. “Uma pessoa estar informada, com a consciência de todos os riscos, não é a mesma coisa que assumir uma atitude de prevenção”, adianta ainda.
Com o objetivo de divulgar informação sobre a doença e apelar à sua prevenção, a APOROS criou a sua página no Facebook. Através deste espaço a associação pretende aproximar-se da população, esclarecer dúvidas e sensibilizar os portugueses para esta doença.
17 de outubro de 2012
@SAPO