"A mononucleose atinge o seu pico de incidência entre os 15 e os 25 anos, sendo muito rara a manifestação da doença a partir dos 30 anos. Cerca de 90 por cento dos adultos apresentam evidência serológica de terem tido a infeção no passado, sem sintomas associados", explica Ana Teresa Boquinhas, especialista em Medicina Interna do Hospital de Cascais.

Embora não seja comum a manifestação de quaisquer sintomas, quando estes surgem podem confundir-se com os de uma gripe como, por exemplo, febre, fadiga, aumento dos gânglios linfáticos, dor de garganta, náuseas e mialgias.

Ana Teresa Boquinhas acrescenta ainda que "ocasionalmente, o envolvimento do fígado e do baço pode gerar sintomas menos frequentes como dor abdominal e icterícia e algumas complicações do sistema nervoso central poderão ocorrer, mas de forma muito rara".

Para evitar o contágio, a médica aconselha: "Não devem ser partilhados os copos e os talheres, por exemplo, uma vez que a transmissão do vírus Epstein-Barr é feita através do contacto com secreções corporais, nomeadamente a saliva".

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Na presença do vírus, uma análise ao sangue revela um aumento dos linfócitos e das enzimas hepáticas, sendo posteriormente necessário confirmar o diagnóstico da doença através de um monoteste, um exame que permite mostrar se ocorreu uma infeção recentemente.

O tratamento da mononucleose é realizado por meio de antipiréticos e analgésicos, associados a repouso, sendo que a resolução da doença é espontânea entre duas a três semanas.

A mononucleose infeciosa é geralmente benigna e, sem tratamento dirigido, não evolui para uma doença grave.