"2017 é um ano bom. É um ano muito bom para a saúde pública, em especial", salientou Francisco George, que falava durante a sessão de abertura de um ‘workshop' regional dedicado ao Plano Nacional de Saúde e aos Planos Locais de Saúde, que decorre hoje no Instituto Português de Oncologia de Coimbra.

O diretor-geral da Saúde sublinhou que a Lei da Saúde Pública foi aprovada, na globalidade, "no parlamento, sem nenhum voto contra", notando que "são poucas as leis que, votadas pelas diferentes bancadas, não têm votos contra".

Para Francisco George, esta é "uma boa lei, que não divide, que junta", e que "tem a particularidade de representar o início de um processo que vai permitir uma grande reforma da saúde". "Sem esta lei, não podíamos iniciar um processo reformista", afirmou, referindo que pretende que o trabalho que se segue seja "muito profundo" e que "venha dar um novo ânimo" à promoção da saúde de toda a população.

A Lei da Saúde Pública tem "como objetivo central cobrir toda a população".

Durante a sessão de abertura, Francisco George destacou ainda que será apresentado brevemente um relatório de saúde dos portugueses em 2016. Este é um relatório "apresentado à luz de princípios muito finos de métrica em saúde" e que irá registar "tendências e o que vai acontecer" se se continuar pelo mesmo caminho, explanou.

O relatório é uma "mudança de paradigma importante", sendo que Portugal, que era "um país muito atrasado na informação", consegue estar agora "no primeiro lugar do ranking da Europa para a análise informativa no que respeita à saúde", notou.

A sessão de abertura do ‘workshop' contou também com a presença do presidente da Administração Regional da Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, que destacou a importância desta iniciativa para se perceber o que foi feito e o que poderá ser concretizado no futuro.