A denúncia é feita pelo sub-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jan Eliasson.

Na atualidade, mil milhões de pessoas, equivalentes a 15% da população mundial, são obrigadas a fazer as suas necessidades ao ar livre. Por outro lado, perto de 2.400 milhões de pessoas também não dispõe de condições sanitárias adequadas, denuncia a organização não governamental Ação Contra a Fome.

Se a prática da defecação ao ar livre fose eliminada, as mortes por diarreia de crianças com menos de cinco anos diminuiriam 36%, refere Jan Eliasson.

As mortes, as doenças e a perda de produção estão calculados em 260 mil milhões de dólares (244 mil milhões de euros) por ano.

A eliminação da defecação ao ar livre, através de um “projeto concreto e específico”, pode fazer diminuir a mortalidade infantil e de jovens, melhorar a saúde em geral, a educação e a produtividade, insiste Eliasson, num discurso nas Nações Unidas em maio de 2014.

Além disso, a ONU lembra que o risco da falta de casa de banho é maior para mulheres e crianças, e que, por vezes, podem sofrer abusos ou violações por não ter um local adequado para fazer as necessidades fisiológicas.