Na Europa, a obesidade é responsável por 12 milhões de novos casos de doença todos os anos. Os números, preocupantes, não se ficam por aqui. A manter-se a tendência dos anos anteriores, no final de 2018 haverão mais 80% de casos de diabetes tipo 2 e mais 55% dos casos de hipertensão. Estes e outros problemas causados pelo excesso de peso custarão a vida a um milhão de pessoas.

O número de casos de doença isquémica cardíaca, a manter-se a tendência evidenciada nos últimos dados oficiais comparativos, deverá também aumentar 35%. O impacto social e económico da obesidade é grande. 59.000 milhões de euros por ano são os custos diretos de saúde relacionados com o excesso de peso e demais problemas associados nos países da União Europeia (UE).

A obesidade implica gastos, representando já cerca de 8% de custos anuais do orçamento total de saúde europeu afetos a este problema. Uma percentagem que muitos analistas consideram elevada. Mais de 58% da população obesa em Portugal estava desempregada, reformada ou inativa em 2014. Nos últimos quatro anos, a percentagem manteve-se nos mesmos níveis.

Um aumento médio de 10% do Índice de Massa Corporal (IMC) está associado a uma redução do rendimento em 3,3% nos homens e de 1,9% nas mulheres, apontam especialistas. Nas crianças, o problema também está a aumentar. No fim de 2017, a Academia de Pediatria Europeia e o Grupo Europeu de Obesidade vieram alertar para esta situação, criticando o sedentarismo dos mais novos.