Fazer um tratamento de talassoterapia é mais do que uma experiência relaxante. É beneficiar de uma atmosfera única que promove o bem-estar, a beleza e a saúde. Que mais pode pedir? Em 484 antes da atual era cristã já Heródoto dizia que «as curas do sol e do mar (thalasso, em grego) se impõem sobre a maioria das doenças». Mais de dois mil anos depois, a talassoterapia é o resultado da conjugação entre aquele princípio ancestral e as mais avançadas técnicas.

Combinadas, hoje oferecem um vasto leque de benefícios curativos, preventivos e estéticos. Com apenas um ingrediente base, o mar e os seus elementos. Esta terapia resulta do aproveitamento, com fins curativos e preventivos, sob vigilância médica, dos benefícios do meio marinho. Um conceito que engloba não só a água do mar, mas também as substâncias que dela se extraem (lamas, algas e por aí fora...), a areia e o próprio clima.

O uso adequado de todos estes fatores, juntamente com as propriedades curativas das substâncias provenientes dos elementos marinhos, tem, de acordo, com José Manuel Barbosa, entrevistado enquanto diretor clínico do Real Spa Thalasso, em Albufeira, «um vasto leque terapêutico» do qual se destacam duas grandes finalidades, nomeadamente a prevenção e auxílio à cura de doenças e, por outro lado, a melhoria estética de rosto e corpo.

As doenças que a talassoterapia previne

O número de doenças sobre as quais é possível agir através de terapias marinhas é extenso, mas importa destacar sobretudo as doenças reumáticas (designadamente alterações da coluna vertebral e osteoporose), as neurológicas, as cardiovasculares (compensadas e estabilizadas), as respiratórias e as dermatológicas, stresse e transtornos do apetite. Nestes casos, a influência da água do mar revela-se uma terapia de excelência.

Para além disso, o seu efeito também se faz notar de forma positiva sobre o contorno corporal. Por isso, todos os centros especializados em talassoterapia incluem nos seus programas técnicas para melhorar a silhueta e a imagem através da aplicação de água marinha, argilas ou algas que tratam a pele, combatem a celulite e facilitam curas de emagrecimento. Saiba também como a talassoterapia ajuda a respirar melhor.

Como deve ser um bom centro de talassoterapia?

Em primeiro lugar, obviamente, deve estar situado junto ao mar, já que é do conjunto que compõe todo o ambiente marinho, com lugar de destaque para a água, que resultam os benefícios da talassoterapia. Deve contar ainda com pessoal qualificado (como é o caso de fisioterapeutas e hidroterapeutas) e um médico especializado, que deve realizar um exame prévio a qualquer tratamento.

Tal como ocorre nas termas, também os tratamentos realizados nestes centros podem ter alguma contraindicação. É o caso de pessoas com doenças cardíacas descompensadas ou severas e também de quem acaba de recuperar de um episódio isquémico ou de um acidente vascular cerebral (AVC). Também não se recomenda a doentes com cancro, episódios psicóticos e mulheres grávidas.

Veja na página seguinte: O que tem a água do mar?

O que tem a água do mar?

A sua composição, única e irrepetível em laboratório, é o que torna a sua aplicação uma autêntica cura de relaxamento e bem-estar. Tem mais de 75 elementos necessários para o bom funcionamento do organismo humano, como sódio, potássio, enxofre, silício e iodo, que penetram no corpo através da pele num processo denominado osmose. A temperatura que facilita este mecanismo varia entre os 35º C e os 37º C, a mesma que a corporal.

Por isso, nos centros de talassoterapia, este elemento líquido é aquecido e submetido a um processo de depuração que requer a sua recolha a mais de 1.000 metros da costa, garantindo deste modo a ausência de germes. Assim, seja qual for o tratamento, os benefícios da água do mar no organismo, quando aplicada de forma externa (em banhos, duches, envolvimentos, entre outros), devem-se a um conjunto de fatores.

Entre eles incluem-se a composição singular da água, a absorção de minerais através da pele, o efeito de pressão hidrostática (que se produz mesmo no interior de uma banheira), da força dos jatos ou da flutuação e até a temperatura a que encontra a água. Cada uma das técnicas aplicadas em talassoterapia persegue um fim específico. Assim, os duches submarinos estão indicados para contraturas musculares, stresse e problemas de circulação sanguínea, por exemplo.

As massagens terapêuticas, as banheiras e os envolvimentos de algas, por seu lado, utilizam-se sobretudo em curas de emagrecimento, para além de aliviar contraturas musculares e processos reumáticos. Veja também os spas preferidos dos famosos e três spas de luxo de norte a sul do país.

O que a talassoterapia cura

- A água do mar tem um efeito analgésico, diminuindo a dor tanto a nível geral como em zonas específicas do corpo.

- É muito útil para aliviar os processos reumáticos.

- Ajuda a tratar patologias dermatológicas, em particular a psoríase.

- Melhora a osteoporose e diversas afeções da coluna.

- É benéfica em todo o tipo de patologias que precisem de recuperação funcional.

- Corrige problemas de stresse, insónia, depressão e fadiga. Aqui a própria envolvente dos centros de talassoterapia (praia, sol, clima ameno, entre outros) desempenha um papel muito importante.

- Previne e combate a flacidez e a celulite, melhorando a elasticidade dos tecidos e travando o envelhecimento da pele.

Texto: Fernanda Soares

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