«O cortisol é uma hormona que produzimos sempre que ficamos stressados». Quem o diz é Luís Romariz, médico especialista em medicina anti-envelhecimento.

De acordo com o especialista, esta hormona permite mobilizar gorduras, diminui a utilização de glicose poupando-a para o cérebro, ativa a destruição muscular para usar na reparação dos tecidos ou produzir glicose, deprime a imunidade, restringe a dor e aumenta a tensão arterial.

«Esta resposta é igual para qualquer tipo de stresse, seja a fuga a um predador, a caça para sobreviver, problemas do trânsito, falta de dinheiro ou aborrecimentos. Os últimos são frequentes no dia a dia, pelo que ficamos permanentemente com excesso de cortisol», explica o especialista.

As consequências são ganho de peso, diabetes, hipertensão arterial, imunidade mais debilitada e maior propensão para a depressão. A produção de cortisol não diminui com o envelhecimento e contribui para o encurtamento dos telómeros (pontas protetoras do ADN). Se queremos abrandar o envelhecimento, teremos que limitar o stresse.

«Obrigue-se a não stressar, relativizando os problemas e concentrando-se no que realmente importa, e faça exercícios respiratórios profundos durante três minutos, várias vezes ao dia», aconselha Luís Romariz. Pode também compensar a sobrexposição ao cortisol através de nutrientes como a rhodiola, a fosfotidilserina, a DHEA e a gingko biloba, entre outros.

Revisão científica: Luís Romariz (médico especialista em medicina anti-envelhecimento)