Até a esta data os estudos clínicos revelam falta de eficácia entre o treino aeróbico e a enxaqueca, no entanto num estudo recente, os cientistas decidiram analisar os factos de outra forma.

Ao contrário dos estudos já realizados em forma de experiência, os cientistas decidiram realizar um estudo epidemiológico.

Foram recolhidos dados de 4.000 pessoas, homens e mulheres, todos com idades acima dos 20 anos.

Os participantes foram divididos em categorias de acordo com as dores de cabeça, enxaqueca, cefaleia tensional, ou não classificada.

Também foi medido o VO2 máximo dos participantes, considerado um dos fatores principais da capacidade aeróbica.

Por norma quanto mais exercício de endurance se pratica mais elevado é o nível de VO2.

Nos participantes com idade até aos 50 anos, existe uma relação entre a capacidade aeróbica e as dores de cabeça. Quanto maior o nível de VO2 máximo, menor a incidência de qualquer tipo de dor de cabeça.

Devido aos resultados obtidos pelos estudos mais antigos e ao receio do exercício agravar as dores de cabeça, é bastante comum evitar-se a prática de atividade física.

Efetivamente os cientistas concluem que pode existir um agravamento das dores de cabeça em certas pessoas com a prática de exercício, no entanto acrescentam que quanto melhor a forma física menores são as hipóteses de tal acontecer.

A probabilidade dos indivíduos com menor VO2 máximo sofrerem de dores de cabeça devido ao exercício físico é 4 vezes maior do que os indivíduos com maior VO2 máximo.

Os cientistas concluem que deve ser recomendado exercício físico para aumentar os níveis de VO2 máximo em indivíduos que sofram de dores de cabeça.

Se o seu nível atlético encontra-se em baixo de forma, ou se não pratica qualquer tipo de atividade física e sofre de dores de cabeça talvez seja uma boa altura para iniciar.

Com o devido acompanhamento e periodização a nível do treino, melhore a sua condição física e acabe com as dores de cabeça de uma vez por todas.