Todo o processo de produção é vivido na primeira pessoa pelo empresário que criou a Salmarim. Desde a fauna que habita o ecossistema da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim, aos aromas finais que combinam o sal com temperos fortes, passando pelo clima ideal para a recolha do produto. Uma interdependência geral de todo o ciclo da vida, que determina a razão de ser da Reserva.

Agora é também a embalagem que motiva o produtor. Desde que viu, há 10 meses, uma caixa antiga de cortiça em São Brás de Alportel, Jorge Raiado não descansou enquanto não conseguiu “casar” os dois produtos. A cortiça revela-se perfeita para manter a temperatura da frágil flor de sal e afastar a humidade. O modelo do novo saleiro foi feito à medida da mão da sua mulher, e apresentado no passado dia 20 de setembro na loja A Vida Portuguesa, em Lisboa. Segue-se a loja do Porto (Rua Galeria de Paris 20 - 1º), a 27 de setembro.

Henrique Mouro preparou alguns petiscos com flor de sal para a ocasião. O chefe do restaurante Assinatura foi, aliás, um dos primeiros a conhecer e a divulgar a flor de sal algarvia na alta cozinha portuguesa.

A embalagem de cortiça é fabricada artesanalmente e “simboliza a união entre a paisagem do montado português (candidato a património da humanidade) e as salinas de Castro Marim”, adianta Jorge Raiado. As 400 caixas previstas inicialmente foram poucas para as encomendas, mas o empresário prevê mais 200 kg de flor de sal até ao final do ano, dependendo do estado do tempo.

A distribuição é feita apenas nas lojas especializadas e espaços gourmet, nas associações de turismo de Algarve e de Lisboa e no aeroporto de Lisboa, por um preço que ronda os 17,50€ (valor que pode variar conforme o ponto de venda). É também exportado para França, Alemanha, Canadá, EUA, entre outros países.

Para saber mais sobre a flor de sal, veja aqui.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.