Num encontro em Roma que reúne representantes de 169 países, a FAO (Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação) e a OMS querem “adoptar novos métodos para identificar os riscos dos produtos biotecnológicos, bem como actualizar os níveis de radiação actualmente utilizados para retardar o processo de degradação dos alimentos”, adianta o Público online.
Definir a classificação de vários alimentos no Codex Alimentarius, com o objectivo de proteger a saúde dos consumidores e garantir as práticas equitativas no comércio, é outra prioridade deste encontro, que termina dia 7 de Junho.
As preocupações de clarificar os conceitos dos alimentos surgem na sequência da liberalização do mercado global, onde surgem cada vez mais variedades. Como referiu Jacques Diouf, director-geral da FAO, “existe actualmente uma disponibilidade de alimentos no mercado como nunca houve em qualquer momento na história".
Também o Parlamento Europeu dedicou, ontem, 2 de Julho, a sua atenção aos OGM (Organismos Geneticamente Modificados). Até ao final do ano, deverá ser levantada a moratória sobre sementes e produtos transgénicos na UE, sobre a qual os Estados Unidos tinham apresentado queixa na Organização Mundial do Comércio. Segundo a legislação aprovada ontem, será possível traçar o encaminhamento dos OGM ao longo da cadeia de produção e distribuição. Esta rastreabilidade aplica-se não só aos alimentos como também às rações (soja, milho e colza) geralmente utilizadas na Europa. Esta medida deixa as associações de consumidores satisfeitas, visto que a informação constante nos rótulos permitirá ao consumidor optar ou não por comer alimentos derivados de OGM.
Alimento transgénico: Segundo definição do Jornal de Notícias de 3 de Julho, “Um organismo geneticamente modificado é um ser vivo em cujo genoma foi inserido o ADN de outra espécie. A esse gene estranho chama-se transgene. Se, por um lado, a manipulação genética possa ser um contributo para o bem-estar da humanidade, comporta, igualmente, muitos riscos. É na agricultura que têm sido muito utilizados. Normalmente, os organismos geneticamente modificados são usados em vegetais, de forma a fazê-los resistir aos tratamentos feitos com herbicidas e pesticidas. De igual forma, são muito utilizados para prolongar a vida dos frutos, evitando que apodreçam rapidamente ou, ao contrário, acelerando o amadurecimento para uma mais rápida comercialização”.