Estamos de frente para o Tejo, depois de termos descido a pé pela rua Augusta. Muitos turistas, três homens estátuas, um músico de saxofone, um museu de design e o habitual colorido da Baixa lisboeta, num dia de calor, abrem o apetite para um gelado.

O problema é onde escolher. Onde antes havia um vazio de oferta, encontra-se várias opções de um lado e do outro da praça.

À direita, resistem o restaurante Terreiro do Paço (Quinta das Lágrimas) e o Aura, intercalados pela mais recente geladaria Paço D’Água.

À esquerda, na chamada ala nascente, estão as novidades. O clássico Martinho da Arcada é referência obrigatória, mas é nas outras arcadas das antigas instalações do Ministério das Finanças que se sucedem as surpresas.

No Museu da Cerveja pode fazer muito mais do que beber. Veja aqui a notícia do Sabores.

Segue-se o Ministerium, com as marcas Hotdog Lovers e BananaCafé;  e o Nosolo Italia, com uma generosa lista de pizzas, massas, sandes, crepes, gelados e por aí fora.

Ao lado, o Can The Can – Canned Food Goes Gourmet  serve pratos à base de anchova, muxama de atum ou choco de conserva, entre outros, misturados com massas, saladas ou legumes, com a mão do chefe grego Kleanthis Konstantinidis, mais conhecido por Akis. Em média, a refeição fica entre 20 e 30 euros por pessoa. O impressionante lustre feito com 3 mil latas de conserva (não, não foi feito pela Joana Vasconcelos, garante Victor Vicente, responsável pelo Can The Can) dá um toque de originalidade a este restaurante. Ao que se soma os espetáculos do Laboratório do Fado, com a contribuição de Rui Pregal da Cunha, um dos sócios. O Can The Can está aberto todos os dias, das 9h00 às 24h00 e dispõe de 128 lugares na esplanada e 80 no interior.

Finalmente, já à porta da estação de metro, está o Populi – Food with Friends, onde o chefe Luís Rodrigues serve uma “cozinha mediterrânica, mais simples e menos floreada” do que a que fazia no Hotel Bairro Alto. O “maior contato com o público” e a constante passagem de pessoas, “60% turistas, 40% público nacional”, têm deixado o chefe agradavelmente surpreendido. Polvo com puré de batata-doce, puré de grão com bok-choi e petiscos como pimentos padrón, alheiras, vieiras e ostras são as estrelas da ementa.O Populi tem lugar para 130 pessoas na esplanada e 80 no interior, com um preço médio por refeição entre os 25 e os 30 euros.

 

Ana César Costa

Foto: Turismo de Lisboa