O conceito do Lucky 13 é apresentar, no mais tradicional dos festivais gastronómicos do país, uma cozinha contemporânea, mas baseada nos produtos regionais. Batizado assim por ser o 13º espaço de restauração do Festival, o Lucky 13 reunia, em cada dia, um Chefe de alguma forma ligado a Santarém e um seu convidado, alargando o leque de opções e de divulgação do evento. As reservas para dia 30 estavam esgotadas desde o início. Era a data em que não dois, mas sim seis chefes iam cozinhar o jantar, despertando a curiosidade dos gastrónomos. Foram dias e dias de preparação, a começar na maturação da carne e na escolha dos vinhos da Adega Mãe, até ao serviço à mesa dos alunos da Escola Profissional do Vale do Tejo. A refeição respeitava o mote desta edição do Festival, “Os Sabores do Mar Português”, com vários pratos de peixe. Não faltaram os produtos da região, nomeadamente nos ‘snacks de abóbora com queijo de ovelha’ e de ‘enguia, azeite e beldroegas’, confecionados pelo Chefe Gonçalo Costa, que depois de alguns anos no Brasil regressa a Santarém e procura o espaço ideal para o seu projeto de restauração. Seguiram-se as ‘Ovas, puré de couve-flor e ar de limão’ de André Rodrigues Santos, do restaurante Pigalle (Santarém). Já João Duarte, do Centro e quatroº (Lisboa) optou por fundir técnicas japonesas com produtos da terra, no seu ‘Dashi, Bulhão Pato e Miso’. Outra (re)interpretação que convenceu foi a de ‘Massa à Barrão’, de Filipe Pina (que trabalha com José Avillez em Lisboa). Da Taberna Ó Balcão, Rodrigo Castela apostou em ‘Cornos e tentáculos’, onde a carne maturada a 30 dias de um bezerrão se conjugava com a lula. Finalmente, a sobremesa coube a João Correia, que se inspirou na doçaria conventual para apresentar ‘De Almoster para o Convento’.