E se fosse a um restaurante onde lhe colocassem um aparelho de fondue com dois recipientes com caldo, carne e legumes em cima da mesa e lhe dissessem que, depois de retirar parte dos ingredientes previamente cozidos, podia beber o caldo e prosseguir a refeição mergulhando nesse líquido pedaços de carne de vaca e de borrego, legumes e vegetais, cogumelos, preparados de marisco, almôndegas, tofu e raizes como a raiz de lótus, como se faz num fondue tradicional?

Este é precisamente o conceito por detrás do hot pot chinês, uma das especialidades gastronómicas que o restaurante The Old House, no Parque das Nações, em Lisboa, passou a incluir na sua ementa desde o final de março de 2016. Ao contrário dos espaços de restauração que servem especialidades da cozinha cantonesa, à qual se associa, muitas vezes erradamente, os famosos crepes e o arroz xau-xau, este aposta na gastronomia típica de Sichuan, uma das 23 províncias da China.

«Tradicionalmente, é uma cozinha muito picante, apesar de termos na nossa carta muitos pratos sem picante», explica Bruno Gaspar, relações públicas do espaço. «Preocupamo-nos muito com a autenticidade. Fazemos muito como se faz lá. As fotografias que temos no menu, por exemplo, replicam as das ementas da China», sublinha. Muitos dos móveis e dos painéis que decoram as várias salas do restaurante também vieram de lá.

Um manjar diferente para saborear acompanhado e com... tempo!

Aromático e saboroso, o caldo é um dos segredos do novo hot pot, uma especialidade que só está disponível, em duas variedades, mediante marcação (as reservas devem idealmente ser feitas com 24 horas de antecedência mas até 12 horas antes geralmente costumam ser aceites) e que tem um preço de 120 € para quatro ou cinco pessoas, sem bebidas. «As carnes e alguns destes ingredientes só são usados neste prato», justifica Bruno Gaspar.

Depois de optar pelo caldo de entrecosto com milho ou pelo caldo de galinha com castanhas e tâmaras, que está sempre a ferver e que pode ser acrescentado com água, o ritual de degustação diz que primeiro devem ser ingeridos os ingredientes que o integram e só depois é que se cozinham, do mesmo modo que numa fondue de carne, de peixe, de queijo ou de chocolate tradicional, os restantes alimentos que chegam à mesa em recipientes separados.

Entre as diversas carnes (de porco, de borrego e de vaca), almondegas (de camarão e de carne de porco), diferentes tipos de cogumelos, batatas, tofu (em pedaços e desfiado) e vegetais como os espinafres e a raiz de lótus, são mais de 20 as travessas e os cestos de madeira que integram esta proposta gastronómica. Depois de mergulhados no caldo, podem ser saboreados com três dos cinco molhos disponíveis, molho de amendoim, molho picante, molho de marisco, molho de alho e molho de tofu.

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Outras especialidades que vale a pena provar

Na China, a casa que serve de abrigo às diferentes gerações de uma família é geralmente conhecida como «the old house», a casa velha. O nome que serviu de inspiração a Laofangzi, uma das marcas de restauração mais conhecidas no país, onde conta conta com mais de 30 restaurantes espalhados por várias províncias. Cuidada e autêntica, a decoração do primeiro restaurante que a empresa abriu em Lisboa procura valorizar três elementos da cultura tradicional do país.

Um deles é a antiga janela chinesa de flores, tradicionalmente associada ao amor e à bondade. Outro é a lanterna vermelha, que simboliza auspício e boas colheitas, além de ser um símbolo de comemoração e animação. O terceiro elemento é a porcelana chinesa azul e branca, símbolo de respeito e elegância. «Este espaço combina o charme da cultura chinesa com um estilo moderno e pretende distinguir-se de todos os restaurantes asiáticos existentes em Portugal», refere Bruno Gaspar.

Para além do hot pot, a ementa está repleta de outras especialidades gastronómicas que vale a pena provar, como é o caso da entrada de carne de porco crocante e do entrecosto e das moelas de pato, que são sempre servidas com as patas e, muitas vezes, até com a cabeça da ave. Noodles de Sichuan, carne em molho de brown, entrecosto agridoce e porco cozido ao vapor com farinha de arroz são outras das propostas que pode acompanhar com vinho, cerveja chinesa ou... água quente morna!

Texto: Luis Batista Gonçalves

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