As conclusões são de um grupo de investigadores da Universidade de Oxford e resultam de uma experiência sensorial promovida pela APCOR em Londres, em que os participantes consideraram que o vinho tem melhor qualidade (mais 15%, segundo o estudo) depois de ouvirem o som da rolha de cortiça ao abrir a garrafa.

Nesta experiência, cada participante provou dois vinhos idênticos e classificou-os enquanto ouvia o som de uma rolha de cortiça a sair da garrafa, ou o som de uma cápsula de alumínio.

“O som e a visão de uma rolha de cortiça a saltar de uma garrafa define as nossas expectativas, ainda antes de o vinho tocar nos lábios, e essa expectativa vai afetar a nossa experiência gustativa”, explica Charles Spence, coordenador da investigação, que envolveu 140 pessoas.

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Esclarecendo que a audição, visão e tato estão intrinsecamente ligados à forma como se saboreia, o professor de psicologia experimental em Oxford sublinha que estes resultados tornam evidente a relação que se estabelece entre a rolha de cortiça e a qualidade do vinho.

Os investigadores concluíram também que o vinho vedado com rolha é considerado mais apropriado para a celebração e mais incitador ao espírito de festa (mais 20% e 16%, respetivamente, em relação ao vinho vedado com cápsula de alumínio).

Em comunicado, a APCOR afirma que “sete em cada dez garrafas de vinho produzidas em todo o mundo são seladas com uma rolha de cortiça” e acrescenta que 86% dos consumidores têm preferência por vinho vedado desta forma. A experiência sensorial decorreu em Londres, entre os dias 27 e 29 de julho.