Os novos rótulos da Adega José de Sousa vêm evidenciar a identidade, história que a centenária casa carrega. Conhecida também como Adega dos Potes, por ter uma coleção de 114 talhas, a alentejana Adega José de Sousa lança ainda este outono dois novos, vinhos tinto e branco, Puro Talha, 100% fermentados em ânforas de barro, da mesma forma que os romanos vinificavam há dois mil anos. A família de vinhos José de Sousa fica disponível no mercado em outubro.

A gama de vinhos José de Sousa procura dar continuidade ao clássico Tinto Velho José de Sousa 1940, uma referência mítica do Alentejo. A produção desta casa remonta a pelo menos 1878, utilizando uma técnica tradicional de vinificação e um método de fermentação ancestral e hoje raro em ânforas de barro.

Alentejo: Dentro das ânforas repousam vinhos do século XXI fermentados como há dois mil anos

As vinhas que dão origem aos néctares José de Sousa e Puro Talha localizam-se em Reguengos de Monsaraz, sub-região vinícola do Alentejo e reduto de algumas das vinhas mais velhas da região.  Os solos de origem granítica e com excelente exposição solar acolhem as típicas castas alentejanas como a Trincadeira, Aragonês, Antão Vaz e algumas menos conhecidas como Grand Noir, Moreto, Manteúdo e Diagalves. Plantadas ao longo dos anos, e pelo próprio José de Sousa particularmente no princípio dos anos de 1950, atualmente a média de idade das vinhas é de 30 anos.

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De acordo com o produtor alentejano, “a perfeita adaptação das castas ao terroir aliada ao detalhe da vindima das vinhas velhas ser separada por castas – em especial a Trincadeira, Aragonês e Grand Noir – e os métodos tradicionais de pisa-a-pé e fermentação do mosto com películas em potes de barro, conferem aos vinhos José de Sousa um carácter e identidade únicos”.

Recorde-se que em 1986 a Adega José de Sousa foi adquirida pela José Maria da Fonseca.