O Encruzado é a melhor casta branca do Dão, uma variedade local que dá origem a vinhos elegantes, frescos e com grande longevidade. Já foram inclusivamente apelidados como os nossos Borgonha brancos!

A sua delicadeza e as sensações frescas e minerais que proporcionam, são uma fuga à tendência para produzir vinhos muito frutados, a fugir para o tropical, de estrutura simples e suave.

Com o tempo, os vinhos de Encruzado vão ganhando aromas de mel e frutos secos mas sem perderem a sua acidez natural.

O Encruzado, também brilha em lote, normalmente acompanha-o a Malvasia Fina, o Cerceal, ou a Bical.

Experimente este Quinta dos Carvalhais Encruzado com entradas à base de espargos (aroma típico da casta), pratos de peixe no forno, saladas elaboradas e mariscos.

A casa do Arinto por excelência, a sub-região de Bucelas, está a cerca de 24 km a norte de Lisboa e já comemorou um século de existência.

Por aqui apenas os vinhos brancos tem direito a ter Denominação de Origem, tornando assim a casta Arinto como o ex-libris da região.

É, sem dúvida alguma, um passeio a fazer por todos os apreciadores de vinho, uma excelente oportunidade para entender o porquê da fama destes vinhos e tão perto de Lisboa.

Fama que já vem de longe, sabe-se que o Marquês de Pombal se interessou muito por este vinho, mas o boom na fama do vinho de Bucelas, deu-se na altura das invasões Francesas em que era muito apreciado pelos militares ingleses.

Os vinhos de Bucelas oferecem frescura e longevidade. São secos, leves e quando envelhecidos ganham um belo tom amarelo dourado e aromas complexos.

Experimente o vinho Morgado de Sta Catherina com pratos de peixe, bacalhau ou atum, polvo e até alguns queijos de pasta mole

E agora o Aragonês! Uma casta tinta que faz um vinho branco!!

A casta Aragonês apelidada em Portugal de Tinta Roriz no Dão e Douro, é a casta mais plantada em Portugal, segundo dados do IVV.

Esta casta pode intitular-se como “casta ibérica”, tal é a sua expressão no país vizinho onde adquire títulos como Tempranillo em Rioja, ou Tinta de Toro em Toro, entre outros.

Esta casta oferece vinhos elegantes e vigorosos, muita fruta e especiarias.

Descobri a Ervideira numa feira por duas razões diferentes, procurava um vinho de uma casta quase extinta chamada “perrum” e depois descobri o “Invisível “.

Este “Invisível “ é um vinho elegante mas fora do vulgar, produzido a partir da seleção dos melhores lotes de Aragonês resultantes de uma vindima noturna.

Do potencial aromático do Aragonês, resultou um vinho pleno de aromas de chá, hortelã, casca de lima e salva. Na boca surge fresco, com boa acidez e uma estrutura final muito elegante.

Harmonize este Ervideira Invisível com sushi, peixes fumados e mariscos.

José Faria
(Sommelier OUT OF THE BOTTLE)

 

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