No passado trabalhou como empregado de mesa e carpinteiro, mas os seus 1,98 metros de altura não passaram despercebidos à agência de modelos IMG, que representa nomes como Kate Moss, Gisele Bundchen e Gigi Hadid.

Após ter sido descoberto no Instagram e ter dado início a uma carreira de sucesso, Miko define-se como um homem normal. Numa entrevista à revista Vogue norte-americana, o jovem modelo revela que, ao contrário do que acontece com as mulheres, a indústria da moda o ajudou a ultrapassar as suas inseguranças e subir a sua autoestima.

“O facto de ser modelo deu-me uma oportunidade incrível. Pela primeira vez na minha vida, o meu tamanho e forma estavam a ser celebrados. […] Após a terceira ou quarta sessão fotográfica lembro-me de chegar a casa e dizer à minha mulher: “Eu não me sinto bem com a minha imagem – eu sinto-me incrível”, afirmou o modelo que se insere na categoria Brawn and Curve da IMG, que representa modelos mais cheinhos.

O maior desejo de Zach é ajudar outros homens a desenvolver uma boa relação com a sua imagem corporal e mudar mentalidades relativamente aos padrões de beleza impostos pela sociedade.

“Espero que com isto, os homens possam abrir um catálogo ou um site e ver alguém com quem se identifiquem. Quero que vejam um modelo e pensem: “Ele é parecido comigo…” […] Acho que o facto de ter sido contratado significa que as pessoas e a indústria da moda se preocupam, e que nos podemos sentir melhor com aquilo que somos”, revela.

Recorde-se que ao contrário das mulheres, os modelos masculinos plus size são praticamente inexistentes na indústria da moda. Para o diretor da IMG este é um tema importante e que não deve ser ignorado. “A mensagem corporal positiva e a diversidade de tamanhos é algo relevante e que está na cabeça de toda a gente”, revela Ivan Bart em entrevista ao El País. “Devemos estender esta conversação aos homens. Eu quero que todos os homens americanos possam fazer o mesmo quando olham para o Zach”, remata.