"Enquanto diretor criativo, uma das tarefas de Simons consiste em supervisionar todos os aspetos do design, do marketing e da comunicação global, assim como os serviços criativos visuais", anunciou a empresa no Facebook.

Conhecido pela sua discrição, Raf Simons é um dos mais brilhantes representantes da escola belga, que durante 25 anos impôs a sua visão inovadora, simbolizando austeridade, sensibilidade e liberdade.

Autodidata no mundo da moda, depois de se formar em design industrial, Simons criou a sua própria marca em 1995 e colaborou com muitas outras até que se uniu a Jil Sander (Grupo Prada) em 2005, onde trabalhou durante sete anos.

Recorde-se que em abril de 2012, Simons assumiu o cargo de diretor criativo da Christian Dior depois da demissão de John Galliano.

Em outubro deste ano renunciou ao cargo, terminando a sua colaboração de quase quatro anos com a maison francesa.

Mudança de estratégia

Anualmente, a Calvin Klein regista cerca de 2,6 mil milhões de euros em faturação, dos quais 55% nos Estados Unidos, ou seja, quase o dobro da Christian Dior Couture (1,7 mil milhões de euros no período 2014/15).

Recentemente, o grupo adotou uma nova estratégia com a qual quer aumentar o seu volume total de negócios para os nove mil milhões de euros.

A marca, criada pelo nova iorquino Calvin Klein em 1968, é uma filial da gigante americana PVH, que tem ações em bolsa. Recorde-se que em 2003 o criador vendeu a marca por cerca de 384 milhões de euros.

"A empresa não era dirigida por um diretor criativo visionário desde o próprio Calvin Klein, e acredito que esta decisão vai lançar a Calvin Klein e terá um impacto significativo", disse o presidente da marca, Steve Shiffman, em comunicado.

"As contribuições excecionais de Raf têm dado forma e modernizado a moda tal como a vemos hoje", acrescentou. O estilista belga, de 48 anos, leva consigo o seu braço direito, que trabalhou consigo na Dior, Pieter Mulier.